Venerável frei Carlos Jacinto de Santa Maria

Venerável frei Carlos Jacinto de Santa Maria, sacerdote 

Nasceu no dia 5 de setembro de 1658 em Genova, Itália. Filho de Jerônimo e Angela Sanguineti. Seu nome civil era Marino. Nosso Senhor reservou algo muito especial a esse menino. Não faltou na sua vida a continua presença das graças divinas.

Em 1674, após participar de uma procissão de Corpus Christi, sentiu-se atraído pelo exemplo dos frades Agostinianos Descalços, e decidiu procurá-los. Após alguns meses, no dia 15 de agosto, vestiu o hábito religioso e recebeu o novo nome: Carlos Jacinto de Santa Maria.

Durante o noviciado se mostrou muito devoto de Nossa Senhora. Os demais noviços o chamavam de parente de Nossa Senhora. Muitas vezes Maria lhe fazia a sua visita, mostrando a ele Jesus para que o beijasse. Aos poucos foi tomando consciência que sua missão era difundir a devoção mariana. Teve a visão de construir um santuário dedicado a Nossa Senhora.

O Venerável Padre Carlo Giacinto foi um Apostolo de Nossa Senhora, usando especialmente três meios: a palavra, os escritos e o Santuário da Madoneta.

Dizia ele: “a língua do sacerdote deve ser um sino que convida a louvar a grande Rainha; deve ser um instrumento musical que sempre toca cantos de amor a Mãe de Nosso Senhor”. Foi um grande pregador. Ajudou muitas pessoas a se encontrarem com Deus, através da conversão, pacificação e reconciliação com os irmãos. Esses frutos divinos, ele atribuía a intercessão da Virgem Maria.

Outro meio que o Venerável usou para propagar a devoção a Nossa Senhora, foi através dos seus escritos. Ele escreveu certa vez: “a minha caneta é a caneta de um escrivão de Maria”. Escreveu sobre a missão de Maria no plano da redenção humana. Apenas citamos dois de seus vários escritos: “Mater Amabilis” 1710, contém um pensamento para cada dia do ano, para despertar nas pessoas o desejo de amar sempre mais a Virgem Maria, e “Exercícios práticos para um verdadeiro devoto da Virgem Maria”.

Mas o seu maior apostolado está ligado ao Santuário da Modonnetta (Pequena Nossa Senhora) em Genova. A construção foi uma verdadeira inspiração divina. Através de uma visão Carlos descreveu como deveria ser o santuário dedicado a Maria: “com muitos altares e imagens, mas sobretudo uma na capela dedicada a Maria, e com muitas pessoas presentes aos seus pés que se aproximavam para receber as graças de Deus por intercessão da Virgem Maria”. Muitas vezes ele se dirigia ao local em que a visão apontava onde deveria ser o santuário, e ali rezava. Depois de muitas mortificações obteve a permissão para iniciar a construção. Isso aconteceu na vigília da festa da Anunciação no dia 23 de março de 1695. Os trabalhos de construção iniciaram-se em 4 de maio de 1695 e no dia 15 de agosto de 1697 festa da Assunção de Nossa Senhora foi inaugurado o novo santuário dedicado a Nossa Senhora. Nós vimos um milagre exclama um dos religiosos. Foi construído sem recursos materiais em menos de 15 meses. A Providência não faltou em nenhum momento. O Santuário foi construído com a intenção de levar as pessoas a se encontrarem com Deus por meio de Nossa Senhora. Na oração de consagração do santuário a Maria, o Venerável pede que a Mãe de Deus conceda os milagres visíveis e invisíveis. Luz para as mentes, cura do espirito, dos vícios, e outros pedidos feitos a Virgem Maria.

Além da devoção a Virgem Maria, o Venerável viveu o seu grande amor à Eucaristia. Não se pode separar Maria e Eucaristia. Maria nos leva para a Eucaristia.  Esse amor a Eucaristia começou desde quando fez a sua primeira comunhão e foi crescendo sempre mais.  A maneira como celebrava a Santa Missa edificava os presentes. Não deixou nunca de celebrar, mesmo quando as suas forças diminuíam por causa da doença. Passava muitas horas em adoração ao Santíssimo. Em suas pregações falava sempre da importância da Eucaristia em nossas vidas.

Padre Carlos Jacinto enfrentou muitas provações, sejam morais, espirituais e também físicas. Foram muitos anos de provas. Pedia em suas orações de poder participar dos sofrimentos de Cristo Senhor. Experimentou muitas angústias, escuridão, desolação, no mais profundo de sua alma ao ponto de rezar com essa expressão: “luzes e trevas bendizei ao Senhor”. Manteve-se fervoroso e fiel, até mesmo diante dos sofrimentos físicos que os mantinha escondidos, sem que ninguém soubesse. Já no final de sua vida, acolheu com alegria e serenidade a notícia de sua gravíssima saúde e por isso mesmo se preparou com grande fervor para receber os sacramentos. Passava o seu dia em continua oração, mergulhado sempre em Deus. A sua partida para o céu aconteceu no dia 23 de abril de 1721. O seu corpo foi sepultado diante do altar de Nossa Senhora, lugar onde ele muitas vezes rezou, chorou e experimentou as alegrias das suas longas e intimas conversas com Deus e Nossa Senhora.

Um ano depois de sua morte iniciaram o processo de beatificação. Foi o Papa Pio XI que, no ano 1937, reconheceu as suas virtudes heroicas declarando-o venerável.


Santos no amor…

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *