Rezando com Santo Agostinho (1)

Senhor, a ti que desejo ir: o que te peço, ainda, é que digas como alcançar-te. Se nos abandonas, perecemos.
Mas tu não nos abandonas, porque é o sumo Bem, a quem todos encontram, quando retamente te procuram.
Ensina-me, pois, ó Pai, a procurar-te, liberta-me do erro, faze que, na minha busca, nada que não seja tu apresente-se em meu caminho.
Pois, visto ser verdade que a ninguém mais desejo senão a ti, faze, eu te suplico, ó Pai, que eu possa encontrar-te.
Mas, se ainda subsiste em mim algum desejo vão, despoja-me dele.
Purifica-me, tu mesmo, e torna-me capaz de te ver.
Permite-me, enquanto tiver de conduzir e levar este meu corpo, que eu seja puro, magnânimo, justo e prudente, perfeito amante e conhecedor de tua sabedoria.
Torna-me digno da tua morada e que possa assim vir a habitar no teu beatíssimo Reino.
Assim seja! Assim seja!
(Solilóquios 1,6)